O patriarca de Lisboa classificou hoje a inauguração da renovada Torre dos Clérigos, no Porto, como um enriquecimento para a cidade, para a Igreja Católica e para o país.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel Clemente frisou que o monumento é um “verdadeiro emblema da cidade do Porto”, em termos históricos, culturais e religiosos.
No plano cultural e artístico, “é uma elevação, uma elevação bonita que faz com que os espíritos também se levantem”, algo que as gentes portuguesas “nesta altura bem precisam”, sustentou.
Depois, “pela sua arquitetura, muito envolvente, e pela sua beleza”, agora reforçada, atrai sempre muitas pessoas que ali usufruem de momentos “de paz, de meditação, de encontro consigo próprias e com Deus”.
Além disso, prosseguiu o patriarca, a Torre dos Clérigos “continua a ser e bem” um espaço de “celebração”, que “foi para isso que foi feita, uma Igreja para o culto cristão”.
As obras de requalificação da Igreja e Torre dos Clérigo, lançadas em dezembro de 2013, incluíram a renovação do espaço envolvente, onde os visitantes vão poder encontrar um núcleo museológico dedicado ao monumento.
D. Manuel Clemente sublinha a possibilidade das pessoas contactarem “com a história da Igreja, da Torre, da Irmandade da Torre dos Clérigos” e também “da própria cidade do Porto”.
Às 17h00, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho vai abrir oficialmente a nova Torre dos Clérigos, numa cerimónia que contará com a participação do bispo do Porto, D. António Francisco.
Para este responsável católico, a Torre dos Clérigos tem-se destacado ao longo dos séculos “não só pela sua beleza arquitetónica mas na afirmação dos valores das gentes do Porto, da alma portuense”.
Uma construção que faz ver mais longe” e que mostra também “uma Igreja acolhedora”.
“O sermos capazes de devolver à cidade e à diocese esta joia de arte, este espaço de culto, permite-nos abraçar a cidade, abrir caminhos novos de relação com a vida cultural, com esta cidade que é um dos destinos privilegiados da Europa e do Mundo, e ao mesmo tempo fazer convergir todas as forças vivas da cidade”, declarou o prelado.
Concluída em 1763, pela mão do arquiteto italiano Nicolau Nasoni (1691-1773), a Torre dos Clérigos tem 76 metros de altura que podem ser subidos pelos visitantes através de uma escada em espiral com 240 degraus.
A construção religiosa foi, até ao século XVIII, o edifício mais alto do país, com 75 metros, é desde 1910 monumento nacional e está atualmente inserida na zona da cidade do Porto classificada como Património da Humanidade.
De acordo com o vigário-geral da Diocese do Porto e juiz da Irmandade dos Clérigos, esta renovação vai constituir uma mais-valia num tempo em que a cidade do Porto beneficia de “fluxos turísticos impensáveis há poucos anos”.
“Nós temos trabalhado em rede com várias instituições culturais e da área do turismo de maneira a termos uma oferta de qualidade a quem nos visita. E esta intervenção veio colocar o ex libris da cidade no topo”, referiu o padre Américo Aguiar.
As obras na Igreja e Torre dos Clérigos foram lançadas em dezembro de 2013 e envolveram um esforço coletivo da Irmandade dos Clérigos, da Direção Regional de Cultura do Norte e da Câmara Municipal do Porto.
De acordo a agência Lusa, o espaço intervencionado rondou os 4.500 metros quadrados, foram instalados 13 quilómetros de cabos elétricos e gastos 60 quilos de algodão, 140 mil folhas de ouro e 200 litros de álcool etílico.
HM/JCP
CARVALHOSA - Quarta Feira às 18h30
EIRIZ - Quinta Feira às 19h30
FIGUEIRÓ - Terça-feira às 18h30